28.2.06

enquanto te espero...


de EmparaLeLo

27.2.06

Cuidar de ti


de EmparaLeLo

Quando ma ofereceste, fiquei sem palavras. Olhava para ti, admirava-te, mas sempre em silêncio. Tu, muito atrapalhado, como se tivesses errado na escolha, lá me ias dizendo espero que gostes...Quando foste embora, pulei, ri de tanta alegria que sentia. O mais importante, era o tempo que tu havias perdido a pensar em mim, ou para mim.
Dias depois, disseste-me: "Enquanto cuidares dela, estarás a cuidar de mim".
Na sexta-feira chorei de tristeza, chorei porque morreu.
Ao chegar a casa, e ver o seu lugar vazio, senti saudades, e perguntei a mim mesma: Como aconteceu??
Não tenho resposta, são sensíveis, aconteceu. Resta-me guardar os seus galhos e frutos já secos, como recordação...
Recordação de um momento especial, inesquecível, do qual o meu coração tirou fotografia.
Nunca deixei de cuidar dela,
Continuarei a cuidar de ti...

26.2.06

Voz Amiga


daqui

Uma brisa assobia por uma
gruta esquecida...
Ouço o pranto de uma criança...
Procuro uma alma perdida

Qual montanha longínqua,
Qual viagem sem fim
Qual o segredo que aprisionei em mim?

Revolta? Apenas lamento!
Alegria? Sofrimento!
Indiferença? Apenas o tormento
De um espírito que esconde alguém
Revelado por ninguém

Paro, por breves e penosos momentos
Procurando resposta
A todos os meus pensamentos

Divagando por receios e loucuras,
Por teias e ninhos destroçados,
Encontro fantasmas e fúrias,
Memórias de elos separados.

Tempos que não recordo,
Trazem-me outro ser estranho e sombrio,
Inocente e sofredor;
Um mar caminhando para o rio

Ria-me quando a vontade era de chorar
Combatia a dor com a expressão
De um soldado que chora por matar.

Mas neste sítio desconhecido
Onde as aves aprenderam a falar,
Onde os peixes aprenderam a voar,
Sinto-me prisioneiro...

Barqueiro, que segura o leme
na tempestade sem abrigo
Onde o sol de inverno anúncia perigo.

De repente no meio da escuridão
Meu olhar descobre a imagem,
Distante e amiga,
De uma alma de coragem.

Erguendo-me ao encontro
da púrpura madrugada,
Daqueles olhos risonhos
Dos segredos que ela guarda
Sinto uma paz, um conforto,
Uma esperança refrescada.

Cada movimento tem lembrança, carinho.
Cada palavra é um chilrear alegre
De um passarinho.

Mas os seu sorriso transparente
Esconde o segredos de uma alma carente:
De sonhos, de liberdade,
Da terra e do mar,
Do céu e luar,
De palavras, de sentimentos, de amizade.

De quem será aquele ohar?
Uma voz terna e meiga responde-me a cantar
Sarando a ferida indolor da saudade:
-Trago-te a eterna e verdadeira amizade.

Embriagando-me com a sua mensagem
Resgatando a minha terrível mágoa.
Traz-me a esta última passagem
O encontro de um sentimento puro como água.

Foi então que descobri
Um tesouro maior que todo o ouro
Maior que toda a intriga
Descobri o tesouro de uma Voz Amiga.

Dedicado a uma verdadeira amiga
LA



Esta semana, recebi o telefonema de um amigo.
Estou habituada ao telefonema anual, da Véspera de Natal, mas desta vez o motivo era outro, um convite de casamento.
Que feliz fiquei, o meu amigo vai casar.
Tais acontecimentos, fizeram-me voltar no tempo, recordar histórias passadas, vivências esquecidas. Foi quando me lembrei deste poema, que um dia me havia oferecido.
Espero que gostem tanto como eu...

23.2.06

Cantar Zeca




Acho que, acima de tudo, é preciso agitar, não ficar parado, ter coragem, quer se trate de música ou de política. E nós, neste país, somos tão pouco corajosos que qualquer dia estamos reduzidos à condição de "homenzinhos" e "mulherzinhas". Temos é que ser gente!

Não tenho pretensões ao falar de um homem que não conheci, de uma época que não vivi. Quem quiser conhecê-lo encontra facilmente páginas com a sua história e bloggers com grandes testemunhos. Eu só posso falar do que aprendi a cantar.

Cresci a cantar Zeca. Sabia dizer os seus poemas. Mas só isso. À minha volta cantava-se com outro sentimento, mas eu não me apercebia. Eu, simplesmente, cantava. Aquando da sua morte, na homenagem que lhe fizeram ao transmitir o Concerto no Coliseu, lembro-me das lágrimas a escorrerem na face da minha mãe. Tinha eu 9 anos. Não entendi. Mas, solenemente, continuei a ouvir.

Até que o tempo me trouxe o entendimento. Aprendi a amar Abril. Continuei a cantar, com aquele sentimento que até então me fora desconhecido. Mais tarde, nos meus tempos de estudante, tive oportunidade de o reavivar tocando e cantando com um grupo de amigas a sua música


os índios da meia-praia

E todos nós continuaremos a cantá-lo. Mesmo aqueles que se negam.

Aprendi a cantar Zeca na morte. A minha mãe cantou-o em vida. Por isso hoje, mãe, ouvimos a que escolheste.

Um dia com o Zeca







Não me arrependo de nada do que fiz. Mais: eu sou aquilo que fiz. Embora com reservas acreditava o suficiente no que estava a fazer, e isso é o que fica. Quando as pessoas param há como que um pacto implícito com o inimigo, tanto no campo político como no campo estético e cultural. E, por vezes, o inimigo somos nós próprios, a nossa própria consciência e os alibis de que nos servimos para ju
stificar a modorra e o abandono dos campos de luta.




traz outro amigo também
emprestado daqui e daqui

22.2.06

Rituais


da net

" Se vieres, por exemplo, às quatro horas, às três já eu começo a ser feliz. E quanto mais perto for da hora, mais feliz me sentirei. Às quatro em ponto já hei-de estar todo agitado e inquieto: é o preço da felicidade! Mas se chegares a uma hora qualquer, eu nunca saberei a que horas é que hei-de começar a arranjar o meu coração... São precisos rituais."

Antoine de Saint-Exupéry - "Principezinho"


Até já!

21.2.06

Do silêncio para o som...


ecos de uma asa que voa

pedro abrunhosa

Esta é a nossa primeira música. Foi graças ao Farpas que neste blog começaram a aparecer imagens e sons. Estamos aqui uns para os outros, não é? O teu altruísmo tornará a blogosfera um local mais melodioso.

Ponto de Partida


Pois é, a minha participação neste blog deveria ter começado por aqui. Mas foi a ânsia, aliada à oportunidade de um momento, que me fez quebrar aquele projecto tão bem delineado que eu sempre gostei de criar, de seguir. Às vezes defeito, outras vezes virtude. Mas ainda bem que assim foi. Tenho de aprender a não andar sempre na linha recta que outrora esbocei.


Poderia fazer um rewind e começar tudo de novo, poderia esperar pelo dia em que soubesse como se faz um blog, como se administra, como se insere uma imagem e um sei lá de coisas mais. Até que percebi que um blog faz-se de palavras, daquelas palavras que sorvo de outros blogs há coisa de dois anos, daquelas palavras que ficam por comentar tudo o que vou lendo, daquelas palavras que sinto e ficam sempre por dizer. E que melhor sítio do que este para que se quebre o silêncio dessas palavras. Aqui espero que elas sejam julgadas, criticadas, amadas. Sem a parcialidade de uma imagem que me acrescenta e de uma vida que construo. Aqui serei só eu e elas, as minhas palavras.

E como nas decisões difíceis é sempre bom não estarmos sós, e como tens sido a minha guia nos últimos momentos, também aqui, amiga, espero que me acompanhes. Não me sigas, não me conduzas. Simplesmente caminha comigo lado a lado. Existirá sempre aquele ponto de encontro.

Porque tudo o que fazemos na vida tem um 100tido.

18.2.06

Apresentação

Em paraLeLo foi idealizado por duas pessoas.
Nasceu da vontade, de uma delas, de criar um espaço de expressão próprio, à imagem de tantos outros que habitualmente visita.
Pretendem as autoras que seja um espaço de partilha, de comunicação e de convívio, onde todos se sintam estranhamente à vontade. Estranhamente, porque não se quer um blog de amigos, mas sim um blog de interessados em despir as vestes diárias e abraçar os pormenores da vida. Aqui, não precisas dizer quem és, mas sim aquilo que amas.
Estamos certas de que todas as vidas que correm em paralelo se encontram num ponto infinito.

14.2.06

"Um dia especial"

Hoje, pela manhã, explicaram-me a origem deste, tão badalado, Dia dos Namorados.
Ao que parece, este não era o dia dos namorados, em particular, mas sim o dia das pessoas especiais. Como muitas outras coisas, foi tal data açambarcada pela sociedade de consumo, que teima em criar manobras de ludibriar a malta a gastar mais uns euros, e lá se vêem as montras repletas de corações vermelhos.
Confesso que me parece ter sido um erro efectuar-se tal alteração. Estou certa, que todos os apaixonados se sentiriam muito mais acarinhados pela sua cara-metade, se esta se lembrasse dela/dele no Dia das pessoas especiais, do que simplesmente no dia dos namorados, onde se torna obrigatório não falhar.

E porque todos temos uma Pessoa Especial, a ti deixo um ramo de tangerineira...

Happy Valentine's Day!


10h30m:
café da manhã com o Alexandre
13h: almoço com o Miguel
21h: jantar com o Pedro

Será que 3 ex-Valentins substituem a tua ausência?

11.2.06

Em construção






Este blogue encontra-se em construção por tempo indeterminado...