foto de Daniel Oliveira em olhares
“Se me obrigassem a dizer porque o amava, sinto que a minha única resposta seria: Porque era ele, porque era eu.”
Michel de Montaigne
foto de Daniel Oliveira em olhares
“Se me obrigassem a dizer porque o amava, sinto que a minha única resposta seria: Porque era ele, porque era eu.”
Michel de Montaigne
Percorrida por 6to100tido às 16:18 2 no ponto infinito
Apeadeiros: 6to100tido, me myself and i, sublinhados
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Apeadeiros: 6to100tido, o meu olhar
Não queria acreditar que hoje, como tantas outras vezes, percorria aqueles quilómetros que durante anos os haviam separado. Aos poucos a distância encurtara-se até bastar-lhe estender o braço para a encontrar por inteira. Mas os seus receios, manias e complicações faziam-no, mais uma vez, recuar.
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Apeadeiros: 6to100tido, me myself and i, o meu olhar
Tentei Fugir
Tentei fugir da mancha mais escura
que existe no teu corpo, e desisti.
Era pior que a morte o que antevi:
era a dor de ficar sem sepultura.
Bebi entre os teus flancos a loucura
de não poder viver longe de ti:
és a sombra da casa onde nasci,
és a noite que à noite me procura.
Só por dentro de ti há corredores
e em quartos interiores o cheiro a fruta
que veste de frescura a escuridão...
Só por dentro de ti rebentam flores.
Só por dentro de ti a noite escuta
o que me sai, sem voz, do coração.
David Mourão Ferreira
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Apeadeiros: 6to100tido, pessoas, sublinhados
Mas ainda me sobra tempo para ligar ao melhor pai do mundo (e a quem ligo quase todos os dias por vontade e hoje porque além da vontade também é suposto fazê-lo) e para ir ver o Expiação, que parece-me que já não vai durar muito mais tempo nos ecrãs dos cinemas e há que pôr a cultura cinéfila em dia, que os tempos de ficar enclausurada em casa a aguentar a programação portuguesa já foram mais desejados, e porque a vida são dois dias e já passaram 20h do primeiro e eu tenciono que o segundo seja vivido em pleno... então toca a arrumar as tralhas, ir pousá-las a casa (sim, não deixo grande parte da minha vida abandonada num estacionamento de um centro comercial qualquer), jantar pensa-se pelo caminho e, finalmente, sentar no escurinho e descansar. Sim, estou exausta.
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Apeadeiros: 100 100tido, 6to100tido
Terminou a mini-maratona. Nos últimos 3 dias passei cerca de 36 horas no local de trabalho. Uma média de 12 horas/dia. E ainda ficarei aqui mais uns minutinhos (para terminar o post, é certo). Destas horas, grande parte delas gastas (nunca perdidas, como dizia um Grande Professor que me orgulho de ter tido) a tentar absorver o saber dos outros. E misturam-se o temor do não entendimento, com o desassossego do querer aprender e o regozijo de frutíferas descobertas. Guardo também os momentos de convívio, trocas de experiências, trocas de culturas. A próxima talvez seja só daqui a meio ano. Resta-me agora recuperar o tempo gasto (e nunca perdido!) em alargar conhecimentos e tentar alcançar os objectivos a que me propus para estas 2 semanas. Com o agravante de ver todos à minha volta prepararem-se para uns diazitos de descanso. Poxa, e ainda dizem que a vida de estudante é fácil…
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Apeadeiros: 6to100tido, o meu lado de fora
de EmparaLeLo
“Um dia deixo de me importar contigo.” – Soubesses tu o significado da palavra importar. Soubesses tu saber cuidar de alguém ou de alguma coisa. Soubesses tu o que é estimar aquilo que temos ou alcançamos. E aí sim, talvez pudesse chegar o dia. Mas, ao invés disso, aquilo que verdadeiramente sentes é a privação. Sentes-te privado daquela companhia que fazia com que não tivesses de te levantar desse teu sofá e procurar a amizade dos outros. Sentes-te privado do aconchego que recebias sem teres de tirar os olhos da tua tv onde realizas a maior parte dos sonhos. Sentes-te privado de poderes acomodar-te a uma vidinha que se vai construindo sem que tenhas de fazer algum esforço. Soubesses tu o que é respeitar alguém, soubesses tu o que é preocuparmo-nos com alguém, soubesses tu o que é amar verdadeiramente alguém e saberias o sentido da palavra importar. E aí sim, hoje poderia ser esse dia.
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Apeadeiros: 6to100tido, me myself and i, o meu olhar
foto de Renato Brandão em olhares
Há dias assim. Depois de muito caminharmos, por trilhos que nunca observamos em mapas, receando nunca encontrar a paisagem que procuramos, dias há em que nos parece ver lá ao fundo uma luz. E hoje é um desses dias. Tenho em frente a mim dois túneis que luzem e nem tenho de escolher por qual deva seguir. Posso, simplesmente, caminhar ao longo dos dois. E sigo em frente, cansada, mas a sorrir.
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Apeadeiros: 6to100tido, o meu lado de fora
Acordei, mais uma vez, exausta. Desde o dia em que tu foste que me roubas todas as minhas noites. E já passaram dias, semanas, meses até. Levanto-me e enfrento mais um dia, sem ti, mas com muito de mim. E desde cedo que desejo que volte novamente a escuridão, para me despir de mim, de todos os meus trabalhos, de todos os meus problemas. E poder fazer tudo o que não fiz na noite anterior. Embrulhar-me, bem quentinha, nos cobertores, saborear o meu silêncio e não pensar. Em nada nem em ninguém. Para, logo em seguida, adormecer. Mas sei que, quando ela finalmente chegar, tu também virás. Irás destapar-me, outra vez, dos meus cobertores. Irás quebrar, novamente, o meu silêncio. Sinto-me desgastada. Perdi-te do dia, para me encontrar contigo de noite. Duma noite que agora quero só minha.
(foto de Nanã Sousa Dias em olhares)
Percorrida por 6to100tido às 19:04 0 no ponto infinito
Apeadeiros: 6to100tido, me myself and i
Ora bem: Macaco, presente! Chave de bocas (será este o nome da fulana?), presente! Depois de dissertar sobre para que lado rodar para desapertar a porca (ou parafuso, ou o que o valha; se bem que porca assenta-lhe que nem uma luva, visto ter-me levado para aí uns 30 minutinhos para desengatar) concluí que é sempre (sim, o senhor que foi lá a casa arranjar a caldeira já mo havia dito! aluna despistada, eu!), sempre no sentido contrário aos ponteiros do relógio. Ah, e não esquecer de pôr na lista de compras uma daquelas chaves de bocas (ou o que for) em cruz ou até mesmo a pilhas. 30 minutos depois, algumas risotas de turistas que passavam depois, até mesmo depois de alguns carros de polícia passarem e não pararem com vista àquela multinha por falta de colete (só faltava a aselha vestir algo luminoso para dar ainda mais nas vistas) , eis que aparece um pneu velhinho, mas pronto para as curvas.
O resto é fácil. Ou melhor, na aula teórica que assisti, já lá vão 12 anos, pareceu-me fácil. O macaco subiu o carro cheio de vitalidade, a tampa da jante que esconde os parafusos saltou de um clique. O que já não foi tão fácil de conseguir foi a aselha nº1 desapertar os parafusos para a esquerda (e sempre para a esquerda, nunca mais esquecer) e a aselha nº2 tentar fazer força para a direita com vista a imobilizar a roda. E foi aqui que entrou a inteligência de um macho. Dah, e que tal tentar fazê-lo com o pneu ainda no chão! Obviamente que as toneladas do meu boguinhas têm mais força que a da aselha que me acompanha. Uma gaja não se pode lembrar de tudo! Mais uma distracção que devo ter tido quando assisti à tal aula teórica. Posto isto, o resto correu na perfeição. Principalmente, porque gaja que é gaja não dispensa a tal ajuda masculina ocasional. Não que fosse precisa…
Bom Português: Sempre pensei que aselha fosse com z, mas o meu pc não concorda!
A quem de direito: Aquela imagenzinha lá de cima claro está que foi roubada. Fui ao Google, escrevi "pneu furado" e ei-la toda catita.
Percorrida por 6to100tido às 19:32 0 no ponto infinito
Apeadeiros: 100 100tido, 6to100tido, o meu lado de fora