27.10.08

crazy little things... (iii)

Já lá dizia o principezinho: “Se vieres às quatro, às três já eu começo a ser feliz!” São os rituais que me ocupam, é para o ritual que me preparo, dia a dia. Como se aquele pedaço de horas fosse o clímax de uma semana de projectos. Ou, simplesmente, de sonhos.

23.10.08

21.10.08

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades…


…mudam-se as visões, mudam-se as atitudes. Aceitam-se as diferenças!

Ultimamente a noite do Porto orgulha-me. Pelos locais, mas, principalmente, pelas pessoas. Pelo bem-estar, pelo saber estar. Pelo aceitar quem também tem vontade de desfrutar à nossa volta. Mesmo que sejam diferentes de nós. Nas opções, nas opiniões.

E é simplesmente por isto que comprei bilhetes para aquele copo, naquela noite da semana, com aqueles amigos, naquela rua e naquele bar. Ou até naqueles do lado, onde os sorrisos, a descontracção e o divertimento me fazem relaxar de uma semana de afazeres, de preocupações, de fadigas.

20.10.08

Ney

Exagero? Exibicionismo? Espectáculo.

Dizem que é um louco. Eu diria que é uma das melhores vozes brasileiras, capaz de chocar, capaz de se afirmar. Ele diz que é feliz.

Foi ontem, no Coliseu da Invicta. E eu vibrei.


Dizem que sou louco por pensar assim
Se eu sou muito louco por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Se eles são bonitos, sou Alain Delon
Se eles são famosos, sou Napoleão
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Eu juro que é melhor
Não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu
Se eles têm três carros, eu posso voar
Se eles rezam muito, eu já estou no céu
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz

Sim sou muito louco, não vou me curar
Já não sou o único que encontrou a paz
Mais louco é quem me diz
E não é feliz
Eu sou feliz

Balada do louco
Ney Matogrosso


19.10.08

crazy little things... (ii)

É incrível a forma como me tiraste a pinta com meia dúzia de palavras e sorrisos finórios. Será somente astúcia?

14.10.08

o meu porto (iii)

13.10.08

The hours




Hei! Esperem aí! Não se vão embora já!

Perdi as minhas horas. Gastei-as contigo, convosco, com os outros e até com ele. Agora não me restam minutos para este blogue. Só mesmo alguns segundos para mim, enquanto saio do café com ele, para tomar um copo convosco, depois das aulas com os outros.

Tenho vontade de escrever e até tenho sobre o que escrever. Mas não encontro o meu tempo. Espero que o não tenha perdido para sempre. E que ele ali esteja, bem ao virar daquela esquina. Parece-me tão longe, que aposto que mal a alcance sentir-me-ei cansada. E sem forças para falar-vos.

Mas esperem só mais um pouquinho. E leiam o meu silêncio.

(foto de Susana Camões em olhares)

9.10.08

crazy little things...

Aquele papelito desinteressadamente guardado. Ofereces-mo!

8.10.08

um amor atrevido

Adoro ler esta mulher, mãe, profissional. Com uma vida preenchida de flores, horrores e desamores, chega a este mundo dos blogues e preenche-nos com as suas palavras. Tenho os três ali ao lado, bem guardados, e sempre que lá vou apaixono-me pelo texto que encontro. Este é só um deles.

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Continuas por cá, a fazer o quê não sei. Mais fácil assim, não é? Aqui não gritas e eu não choro. É um descanso regalado: vais sabendo do que me falta e do que me sobra, sem que o mesmo te falte ou sobre a ti. Existe algo de doce e de confortável, não achas?, no compromisso unilateral do que escreve e na saciedade daquele que religiosamente o lê. Uma espécie de regresso a casa sem teres que explicar a ninguém como correu o dia. Remendas-te com bocadinhos meus, satisfeito porque quando me lês me tens despreocupadamente, sem mexeres uma palha. Sabes que quando falo nos outros te minto, que é manobra de diversão, poeira para os olhos, embora à primeira leitura um ligeiro sobressalto, será que. Não que te faça mossa, até de mim nos outros tu gostas de saber. Acho, aliás, que me preferes nos outros: é seguro e indolor. E que alívio!, eu não saber do exagero de tempo que perdes comigo, a fingir que vens pela excelência da escrita, coitada da escrita, uma prosa rarefeita que não justifica o trabalho. Convém-te, pois claro!, que eu à mão entre um café e um cigarro, enquanto desapertas descontraído a gravata. Eu a jeito, pronta a usar, de uma vez ou às prestações, sem dores nem ralações, sem corpo nem textura e ainda menos o odor pegajoso de algum desejo que aflorasse só com o estar perto. Que sorte!, poderes convencer-te que gostas do que escrevo e não de mim, e que queres lá saber, pois os filhos e a mulher em casa, o jantar pronto na mesa, a colega lá do escritório, que é gira e boa e se mete contigo, a loura no descapotável que até comias se não desse sarilho. Ah, que descanso!, livre da urgência e da marcação serrada, dos telefonemas a desoras e do querer sempre mais, pois só um almoço não chega, porque não um jantar, porque não agora, porque não mais vezes, quero mais de ti, quero mais e mais e mais. E que bom para mim também!, repara: não te fartas nem me desiludes, não me fodes nem me abandonas, não me enganas nem me aldrabas, não me baralhas, não me desconcertas, não chegas tarde e a más horas, não te vens em três minutos, não me deixas a arder na cama nem me juras que a vais deixar.
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6.10.08

Mamma Mia

O Pierce Brosnan a cantar é muito fraquinho, a Meryl Streep esforçou-se bastante e esteve bem, apesar de não parecer um rouxinol. As músicas? Ai as músicas! Viajei até à minha infância, até todas aquelas tardes em que a minha mãe punha o gira-discos a rodar... Sempre achei que os ABBA eram um pouco pirosos. Mas confesso que passei o santo filme a cantar e a dançar na cadeira. O público? Fantástico. E eu era das mais novas numa sala repleta de gente. Não foi um espetáculo de filme, mas deu para cantar, dançar, rir e apreciar...

1.10.08

Quem tem amigos...

...tem tudo!

Voltar...



…às salas de aula e encontrar 35 cabeças com vontade de aprender. Alunos que se atropelam para que eu chegue perto deles e esclareça todas as suas dúvidas. E vê-los a desejarem em catadupa serem os próximos a brilhar no quadro. São coisas que me sabem tão bem!

Hoje começa mais um capítulo da minha vida profissional. E começou muito bem. Graças aos meus meninos, que de crianças inocentes já nada têm. Espero que não se estraguem com o decorrer dos dias. E espero também poder sair daqui em todos esses dias com este sorriso que agora possuo.


Adoro ensinar. Adoro que eles gostem de aprender. Adoro quando sou reconhecida por eles. Preenche-me.


Hoje voltei às salas de aula a 100%. E, por mim, permanecerei nelas para sempre.

(imagem encontrada pelo Google)