26.12.08

wallpapers

All in all it's just another brick in the wall.
All in all you're just another brick in the wall.

Pink Floyd



23.12.08

☃ Feliz Natal! ★

Deixo-vos com a minha música favorita de Natal. Até já!

18.12.08

E ainda dizem...



... que esta vida são dois dias! Só em Natal eu conto um mês inteirinho. É que desde que entrei em Dezembro, esta quadra teima em perseguir-me. Ele é saída para as compras, ele é trânsito infernal, ele é convívios de Natal. Já cá cantam dois repastos e ainda guardei espaço para pelo menos mais quatro. Sem contar com os convívios dos meus dois empregos emparalelo, dos quais fugi airosamente.

Não há rena que aguente!

(Vá lá que sempre tenho a minha casota onde me refugiar deste Natal stressante. É que por razões logísticas, só sentirei aqui o seu cheiro nos tais dois dias que todos falam...)

8.12.08

Da próxima vez...

... que resolveres vir cá a casa buscar todos os quadros que pintámos, lembra-te de levares também os pregos.

(foto de Benjamim Vieira em olhares)

É que nem depois de recuperarmos todas as forças, tenho capacidade para os retirar de todas estas paredes.

5.12.08

all i have to do...

... is writing!

3.12.08

Inércia

E no dia em que temos vontade de saltar, de rir às gargalhadas, de um sei lá de atitudes de infância só porque nos sentimos felizes, deparamos com a inércia daqueles que era suposto darem o primeiro impulso.

21.11.08

e a propósito da música...


de Álvaro Dias em olhares


The storm is coming but i don't mind.
People are dying, i close my blinds.

All that i know is i'm breathing now.

I want to change the world...instead i sleep.
I want to believe in more than you and me.

But all that i know is i'm breathing.
All i can do is keep breathing.
All we can do is keep breathing now.

Ingrid Michaelson

19.11.08

E em tempos de crise na habitação...


... a minha cabana valoriza com a passagem do metro bem ao lado!

"Só farei do metro o meu transporte de eleição quando ele me passar à porta!"- dizia eu, sempre que caminhava 15 minutos, bem caminhados, logo pela matina porque a bateria do meu carro se resolvia a pregar-me a tal partida.

Parece que ouviram as minhas súplicas e eis que recebo a boa nova de que um dia irei ter uma paragem bem na esquina da rua. Resta esperar, e será ver a 6to100tido de portátil às costas, livro numa mão e mp3 na outra a contribuir para o bom ambiente e para o desentupimento do trânsito.

E nessa altura, até fotos como esta serão da minha autoria. Por agora, tive de ir sacá-la algures na net ;)

18.11.08

Thik about it... (ii)

Este, para mim, é uma delícia!

all i can do...

...is keep breathing!

16.11.08

look through the window

15.11.08

Pedras no caminho

Por vezes, tentamos dar o nosso melhor e deparamos, ao fim de algum esforço, que tudo está a ser em vão. Por vezes, dizem-nos que não pode ser este o caminho a seguir. E nesse momento, aceitamos a verdade e toda a energia que habita em nós esmorece. Tentamos ter forças e seguir pelo novo caminho que nos sugerem, sem podermos recuperar de toda a frustração que nos invade. O tempo não pára. Há que continuar. Pegar nestas pedras e usá-las na construção do nosso castelo.

14.11.08

Reciclei-me!

São coisas passadas, já sem sentido, com outro sentimento. Recordações que não necessitam afixação. Há coisa melhor que o nosso coração para pôr pionaises? Dispo-me de alguns acessórios. Outros ainda irão.

11.11.08

Think about it...

Esta empresa tem uma série de anúncios fantásticos com o mesmo mote. E todos nós, alguma vez na vida, devíamos debruçar-nos sobre ele.

5.11.08

And I hope they really will can!



It was a creed written into the founding documents that declared the destiny of a nation.

Yes we can.

It was whispered by slaves and abolitionists as they blazed a trail toward freedom.

Yes we can.

It was sung by immigrants as they struck out from distant shores and pioneers who pushed westward against an unforgiving wilderness.

Yes we can.

It was the call of workers who organized; women who reached for the ballots; a President who chose the moon as our new frontier; and a King who took us to the mountaintop and pointed the way to the Promised Land.

Yes we can to justice and equality.

Yes we can to opportunity and prosperity.

Yes we can heal this nation.

Yes we can repair this world.

Yes we can.

We know the battle ahead will be long, but always remember that no matter what obstacles stand in our way, nothing can stand in the way of the power of millions of voices calling for change.

We have been told we cannot do this by a chorus of cynics...they will only grow louder and more dissonant ........... We've been asked to pause for a reality check. We've been warned against offering the people of this nation false hope.

But in the unlikely story that is America, there has never been anything false about hope.

Now the hopes of the little girl who goes to a crumbling school in Dillon are the same as the dreams of the boy who learns on the streets of LA; we will remember that there is something happening in America; that we are not as divided as our politics suggests; that we are one people; we are one nation; and together, we will begin the next great chapter in the American story with three words that will ring from coast to coast; from sea to shining sea --

Yes. We. Can.

27.10.08

crazy little things... (iii)

Já lá dizia o principezinho: “Se vieres às quatro, às três já eu começo a ser feliz!” São os rituais que me ocupam, é para o ritual que me preparo, dia a dia. Como se aquele pedaço de horas fosse o clímax de uma semana de projectos. Ou, simplesmente, de sonhos.

23.10.08

21.10.08

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades…


…mudam-se as visões, mudam-se as atitudes. Aceitam-se as diferenças!

Ultimamente a noite do Porto orgulha-me. Pelos locais, mas, principalmente, pelas pessoas. Pelo bem-estar, pelo saber estar. Pelo aceitar quem também tem vontade de desfrutar à nossa volta. Mesmo que sejam diferentes de nós. Nas opções, nas opiniões.

E é simplesmente por isto que comprei bilhetes para aquele copo, naquela noite da semana, com aqueles amigos, naquela rua e naquele bar. Ou até naqueles do lado, onde os sorrisos, a descontracção e o divertimento me fazem relaxar de uma semana de afazeres, de preocupações, de fadigas.

20.10.08

Ney

Exagero? Exibicionismo? Espectáculo.

Dizem que é um louco. Eu diria que é uma das melhores vozes brasileiras, capaz de chocar, capaz de se afirmar. Ele diz que é feliz.

Foi ontem, no Coliseu da Invicta. E eu vibrei.


Dizem que sou louco por pensar assim
Se eu sou muito louco por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Se eles são bonitos, sou Alain Delon
Se eles são famosos, sou Napoleão
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Eu juro que é melhor
Não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu
Se eles têm três carros, eu posso voar
Se eles rezam muito, eu já estou no céu
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz

Sim sou muito louco, não vou me curar
Já não sou o único que encontrou a paz
Mais louco é quem me diz
E não é feliz
Eu sou feliz

Balada do louco
Ney Matogrosso


19.10.08

crazy little things... (ii)

É incrível a forma como me tiraste a pinta com meia dúzia de palavras e sorrisos finórios. Será somente astúcia?

14.10.08

o meu porto (iii)

13.10.08

The hours




Hei! Esperem aí! Não se vão embora já!

Perdi as minhas horas. Gastei-as contigo, convosco, com os outros e até com ele. Agora não me restam minutos para este blogue. Só mesmo alguns segundos para mim, enquanto saio do café com ele, para tomar um copo convosco, depois das aulas com os outros.

Tenho vontade de escrever e até tenho sobre o que escrever. Mas não encontro o meu tempo. Espero que o não tenha perdido para sempre. E que ele ali esteja, bem ao virar daquela esquina. Parece-me tão longe, que aposto que mal a alcance sentir-me-ei cansada. E sem forças para falar-vos.

Mas esperem só mais um pouquinho. E leiam o meu silêncio.

(foto de Susana Camões em olhares)

9.10.08

crazy little things...

Aquele papelito desinteressadamente guardado. Ofereces-mo!

8.10.08

um amor atrevido

Adoro ler esta mulher, mãe, profissional. Com uma vida preenchida de flores, horrores e desamores, chega a este mundo dos blogues e preenche-nos com as suas palavras. Tenho os três ali ao lado, bem guardados, e sempre que lá vou apaixono-me pelo texto que encontro. Este é só um deles.

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Continuas por cá, a fazer o quê não sei. Mais fácil assim, não é? Aqui não gritas e eu não choro. É um descanso regalado: vais sabendo do que me falta e do que me sobra, sem que o mesmo te falte ou sobre a ti. Existe algo de doce e de confortável, não achas?, no compromisso unilateral do que escreve e na saciedade daquele que religiosamente o lê. Uma espécie de regresso a casa sem teres que explicar a ninguém como correu o dia. Remendas-te com bocadinhos meus, satisfeito porque quando me lês me tens despreocupadamente, sem mexeres uma palha. Sabes que quando falo nos outros te minto, que é manobra de diversão, poeira para os olhos, embora à primeira leitura um ligeiro sobressalto, será que. Não que te faça mossa, até de mim nos outros tu gostas de saber. Acho, aliás, que me preferes nos outros: é seguro e indolor. E que alívio!, eu não saber do exagero de tempo que perdes comigo, a fingir que vens pela excelência da escrita, coitada da escrita, uma prosa rarefeita que não justifica o trabalho. Convém-te, pois claro!, que eu à mão entre um café e um cigarro, enquanto desapertas descontraído a gravata. Eu a jeito, pronta a usar, de uma vez ou às prestações, sem dores nem ralações, sem corpo nem textura e ainda menos o odor pegajoso de algum desejo que aflorasse só com o estar perto. Que sorte!, poderes convencer-te que gostas do que escrevo e não de mim, e que queres lá saber, pois os filhos e a mulher em casa, o jantar pronto na mesa, a colega lá do escritório, que é gira e boa e se mete contigo, a loura no descapotável que até comias se não desse sarilho. Ah, que descanso!, livre da urgência e da marcação serrada, dos telefonemas a desoras e do querer sempre mais, pois só um almoço não chega, porque não um jantar, porque não agora, porque não mais vezes, quero mais de ti, quero mais e mais e mais. E que bom para mim também!, repara: não te fartas nem me desiludes, não me fodes nem me abandonas, não me enganas nem me aldrabas, não me baralhas, não me desconcertas, não chegas tarde e a más horas, não te vens em três minutos, não me deixas a arder na cama nem me juras que a vais deixar.
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6.10.08

Mamma Mia

O Pierce Brosnan a cantar é muito fraquinho, a Meryl Streep esforçou-se bastante e esteve bem, apesar de não parecer um rouxinol. As músicas? Ai as músicas! Viajei até à minha infância, até todas aquelas tardes em que a minha mãe punha o gira-discos a rodar... Sempre achei que os ABBA eram um pouco pirosos. Mas confesso que passei o santo filme a cantar e a dançar na cadeira. O público? Fantástico. E eu era das mais novas numa sala repleta de gente. Não foi um espetáculo de filme, mas deu para cantar, dançar, rir e apreciar...

1.10.08

Quem tem amigos...

...tem tudo!

Voltar...



…às salas de aula e encontrar 35 cabeças com vontade de aprender. Alunos que se atropelam para que eu chegue perto deles e esclareça todas as suas dúvidas. E vê-los a desejarem em catadupa serem os próximos a brilhar no quadro. São coisas que me sabem tão bem!

Hoje começa mais um capítulo da minha vida profissional. E começou muito bem. Graças aos meus meninos, que de crianças inocentes já nada têm. Espero que não se estraguem com o decorrer dos dias. E espero também poder sair daqui em todos esses dias com este sorriso que agora possuo.


Adoro ensinar. Adoro que eles gostem de aprender. Adoro quando sou reconhecida por eles. Preenche-me.


Hoje voltei às salas de aula a 100%. E, por mim, permanecerei nelas para sempre.

(imagem encontrada pelo Google)

30.9.08

Descubra as diferenças



(Só o Farpas para descobrir estas coisas!)

22.9.08

366*24*60*60

“Quantas vezes olhamos para trás e perguntamos se valeu a pena. E quando olhamos para a frente, será que podemos fazer com que valha a pena? “

Não, não foi como um simples fechar de olhos seguido de um acordar e “Voilá, passou-se um ano!” Foram 366 dias (sim, até aqui a natureza foi cruel oferecendo-me um ano bissexto), 8.784 horas, 527.040 minutos ou 31.622.400 segundos. E como eu vivi cada um deles! Foram tardes deitada na cama, foram telefonemas para o meu porto seguro, foram lágrimas. Foi, principalmente, a derrota. Melhor ainda, a desistência. Desistir de algo em que, aparentemente, só eu acreditava. Foi aceitar que havia dado todos os passos, que não havia mais degraus a subir. Foi aceitar que não valho mais do que um -“Chega, não vale mais a pena.”, – “Pronto, está bem!”. Foi ver tirarem-me todas as vestes sem pedirem licença, sem qualquer aviso. E deixar que as tirassem, uma a uma, comigo permanecendo em silêncio. Foi questionar-vos de “porquês” e levar como resposta “Mas isso agora não interessa.”, “Não podes querer alcançar todas as respostas.” Foi aceitar que, uma semana depois, o telefone não tocou, como acontecera durante tantos anos, sempre naquele meu dia. Foi aceitar que não mereço palavras, que não mereço pedidos de desculpa. Nem mesmo despedidas.

Foi ter que viver numa sociedade que teima em não girar à minha volta. E compreender isso, sem queixumes. Foi deixar que fingissem que eu era um pedaço de mundo compacto, de onde nada se havia desconectado. Foi saber compreender o cansaço dos outros. A descrença. Foi aceitar a compaixão em cada palavra não pronunciada. Foi aceitar a ausência.

Foi achar que não existiria mais amanhã. Que tive a minha oportunidade e a deixara voar. Que envelheci. Que as estórias de príncipes encantados a galoparem num cavalo branco não passam de sonhos de criança. Foi ter de ouvir sermões de quem mais adoro. Só porque teimam em fazer-me acreditar que a felicidade ainda é possível. Mas que, para isso, eu tenho de abrir novamente aquela porta que se fechou há 366*24*60*60 segundos atrás.

Foi deixar-te partir. Deixar que, sozinho, compreendesses o quanto é difícil este mundo que nos rodeia. Foi deixar-te realizar os teus sonhos, que nunca conseguirias concretizar enquanto estivesses a meu lado. Foi deixar de exigir-te que crescesses. A vida se encarregará disso muito bem. Foi deixar-te ir e seres feliz!

Foi, com muita calma, deixar que a janela do quarto novamente se abrisse. Foi aprender a ir a correr ver o mar. Foi encontrar todo aquele conforto em certas amizades. Foi corar quando alguém me dizia “Tens tanta gente que gosta de ti.”, “Tens tanta gente que se interessa por ti.” Foi aperceber-me que consigo, sempre que me disponho, a estar rodeada de gente com quem me sinto tão bem. Foi recomeçar a fazer telefonemas. Foi aperceber-me que também os recebo de volta. Foi deixar, aos pouquinhos, de fazer o sorriso hipócrita para dar lugar ao espontâneo. Foi começar a lutar para que o futuro valha a pena.

Foram 366*24*60*60 segundos. E fico-me só pelos segundos, pois consegui viver com a calma suficiente para não sentir nenhuma unidade métrica inferior a esta.

Se valeu a pena? Sim, todos os meus 30 anos valeram a pena. Já lá dizia o nosso Zeca: “Não me arrependo de nada do que fiz. Mais, eu sou aquilo que fiz.”

Foi ter de chorar só mais estas lágrimas. As últimas.

20.9.08

Coisas de gaja

Pois é amiga, depois de tanto te passeares comigo pelos corredores da H&M na esperança de que a minha reacção se alterasse e me visses a sair com um modelito qualquer, depois de tantas tentativas em vão, eis que aqui a je se resolve a entrar, sozinha e desacreditada, numa calma manhã de um dia de semana qualquer, e sai-se de lá extasiada com a sua primeira compra. Ei-la:


Agora entendes porque é que não corremos o risco de parecermos uma produção em série? Diz lá se não é linda!

This is the end…


… of the summer.

19.9.08

vamos dar música... (iii)



And so it is
Just like you said it would be
Life goes easy on me
Most of the time
And so it is
The shorter story
No love, no glory
No hero in her sky

I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes...

And so it is
Just like you said it should be
We'll both forget the breeze
Most of the time
And so it is
The colder water
The blower's daughter
The pupil in denial

I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes...

Did I say that I loathe you?
Did I say that I want to
Leave it all behind?

I can't take my mind off of you
I can't take my mind off you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off you
I can't take my mind off you
I can't take my mind...
My mind...my mind...
'Til I find somebody new

The Blower's Daughter
Damien Rice

18.9.08

home, sweet home


Finalmente, de volta a casa! Hoje serei só eu e elas, as minhas plantinhas. Não quero que nada nos incomode esta noite. Excepto o rapaz da pizza, depois de uma aula de funky que me porá ainda mais de rastos. Estou exausta!

17.9.08

Why not?



No dia em que se discute na Assembleia da República mais um assunto fracturante, resolvo-me a deixar aqui assinalada a minha opinião. E sublinho, a minha opinião. Muitos de vós partilham a mesma ideia que eu, ou até algo parecido, e outros de vós terão mesmo a opinião oposta. Mas para isso é que existem debates, tertúlias, ou até mesmo aqueles lanchinhos saborosos no tasco onde trabalho. E tenho a felicidade de ter um bom amigo que se delicia em trazer para a mesa estes assuntos que tanto nos dividem e ao mesmo tempo nos aproximam: é que temos sempre opiniões contrárias!

Talvez pensem que sou demasiado anarquista ou que as minhas opiniões são as que são por certas costelas que possuo. Em relação à segunda, tenho a dizer-vos que a minha opinião é totalmente independente das minhas experiências de vida. Quanto à primeira, que sou uma filha de Abril e, portanto, defensora acérrima da liberdade, nunca esquecendo que “A nossa liberdade acaba quando a dos outros começa.” E é sobretudo aqui que alicerço os meus argumentos.

O que é um homossexual? Está-lhe nos genes? Nasceu da educação que teve? São perguntas que já me questionei, mas não perdi tempo nenhum em busca de respostas científicas. Preguiça? Talvez. Mas também porque não me interessa nada esse porquê. A dada altura da vida, um ser humano sentiu que o desejo de compartilhar sentimentos e desejos sexuais estariam na forma de um ser do mesmo sexo que o dele. Há quem diga que há certos genes que provocam essa vontade. Também acredito que às vezes se devam a percursos de uma vida. Posto isto, concordaria plenamente com a frase “Casamento é o contracto celebrado entre duas pessoas que pretendem constituir família mediante a plena comunhão de vida, nos termos das disposições deste Código” desde que lhe tirassem o c do contracto (e com isto aproveito para alertar os senhores jornalistas do Público online, e outros a quem a carapuça também assente, que eles são a janela aberta para alfabetização em massa do povo português!). Não falamos de casamento religioso, pois não é disso que se trata. Neste contrato não é visto o casamento como uma “união para a procriação”, mas sim uma “união para a partilha”: partilha de sentimentos, de bens, de vidas, de obrigações perante o outro e o estado. Porquê então o excerto do Código Civil “entre duas pessoas de sexo diferente”? Não encontro uma razão. Para os mais ortodoxos que defendem que é anti-natural, então eu exijo-lhes que defendam, e o façam, o casamento somente como um acto de procriação. É que tudo o resto é possível.

“Já nem os heterossexuais se casam, juntam-se (uniões de facto).” – comenta um leitor. E eu respondo – “Mas podem.” Sou grande defensora da união de facto. A vida ainda não me mostrou grandes vantagens naquele papel passado. Mas se alguém as vê, porque não há-de fazê-lo? Porque hão-de existir sempre daqueles vizinhos que entram pelo nosso quintal adentro para remexer a nossa horta?

Aceito que haja pessoas a quem a homossexualidade ainda faz muita confusão. São frutos de uma sociedade, educação e/ou religião onde isso ainda é renegado. E digo ainda pois estou confiante que a sociedade moderna corre no sentido de naturalizar o que ainda é, para muitos de nós, anti-natura. A única coisa que espero destas pessoas é que aprendam a viver com as diferenças: dos outros e também delas próprias.

(foto de Marco Carocari em Gallery of Nudes)

15.9.08




Lembras-te de todas as noites em que eu chorava? É claro que lembras. Há coisas que uma mãe nunca esquece. Para mim isso nunca foi uma lembrança. Nem mesmo agora, depois de tanto reflectir, não entendo porque o fazia. Talvez simplesmente por querer que estivesses a meu lado. Sempre. Provavelmente lembrar-te-às de todas as outras coisas que eu também recordo. Das vezes em que ficava doente e me sentia imensamente feliz por faltar às aulas para ficar todo o dia deitada no sofá com a televisão em frente e os teus cuidados por todo o lado. Ou de quando, nas vésperas dos testes, te pedia para me fazeres perguntas. Houve um dia em que me disseste que agora eu teria de aprender a fazê-lo sozinha. E eu aceitei de imediato. As tuas palavras sempre me pareceram tão acertadas! Até mesmo aquando daquele dia. Lembras-te? É claro que sim. São coisas que mãe e filha nunca esquecem. Mesmo quando o fingem não mais lembrar. Lembro-me de quando acordei dos meus fantasmas e desatei a chorar: “Eu estou bem, mãe. Desculpa-me.” E do dia em que saí da tua casa, da nossa casa. Tenho a fotografia aqui dentro gravada.

Agora já estou crescidinha. De há uns anos para cá deixei de chorar só para que viesses ali para o meu lado. Até deixei de ficar doente, pois o sofá e a televisão sem ti ao redor deixaram de ser apetecíveis. E comecei também a dar-te conselhos. E tu a ouvi-los e a parecerem-te tão acertados!

Hoje mãe, também tu irás acordar desses teus fantasmas. E eu estarei bem juntinho a ti para ouvir-te dizer: “Estou bem, filhota.” Para que continuemos juntas a arquitectar mais estórias para recordar
.

11.9.08

7.9.08

Agitações

Esta manhã fora planeada para ser de descanso. Do trabalho e de algumas borgas. Para que o primeiro fosse retomado logo ao início da tarde e o segundo mal começasse a noite. Mas, tal como muitos se queixam dos mosquitos que os incomodam em noites quentes de Verão, os animaisinhos com quem convivo há uma semana voltaram a importunar-me.

No estudo que andava a fazer sobre o tráfego aéreo, já havia concluído que os ditos descansavam entre as 00:40 e as 05:50. Talvez devido ao meu cansaço, senti que até estava a conseguir coabitar com eles. Eis que hoje durante a manhã concluo que os gajos gostam de se passear aos domingos! E à medida que a manhã ia avançando, a minha preocupação aumentava. Como é possível os aviões aterrarem com uma cadência assim tão curta? (sim, esta é a rota das aterragens, que por sinal é mais ruidosa) Dei por mim durante a tarde a levantar-me de 3 em 3 minutos para conseguir uma boa foto elucidativa. E parei de os contar quando atingi os dois dígitos.

Acho que ainda vou ter saudades disto!


5.9.08

Estranhamente

de Carlos C em 1000imagens


Estranhamente
reparei, observei, aproximei.
Estranhamente
conversei durante horas, passeei, brinquei, ri.
Estranhamente
as saudades, as vontades.
Estranhamente
a solidão, o desamparo.

Estranhamente
um toque suave na porta.
Estranhamente
um olhar, um abraço.
Estranhamente
uma união, um silêncio.

Estranhamente
nada fora estranho.

4.9.08

Ele há coisas... !

Bom, talvez tenha dado para reparar pela hora de publicação do último post, que os problemas cibernáuticos que me afectavam foram totalmente resolvidos e ainda a tempo de colocar o tal post pendente.

Shiuu... é que não convém divulgar muito isto, mas metem-se com entendidos e estes logo, logo, contornam os obstáculos!

E viva o ssh!

♭♪ Esta vida de viajante está a dar cabo de mim! ♬

Apesar da letra da música estar um pouco alterada, assenta na perfeição. Vou passar um mês a trauteá-la. Fazer malas, desfazê-las, lavar roupa, passar a ferro, gerir as férias da mulher a dias com a nossa ausência por casa, habituarmo-nos a almofadas duras e altas, ao frio de uns locais e à estufa dos outros, … definitivamente, não é tarefa fácil!

Neste momento encontro-me desterrada numa residência onde o único conforto que me rodeia é a disposição de cores com que resolvi espalhar os meus haveres: roupas, livros, comida e pc. Para alegrar ainda mais a paisagem, estou com a secretária encostada à janela que se encontra aberta e de onde só enxergo natureza (e aviões!?). Sou pouco exigente e consegui facilmente sentir que este será um bom lar durante duas semanas. Para ajudar ao enclausuramento, senti-me nas primeiras horas como o burro que corre atrás da cenoura e nunca a apanha. Então não é que temos a internet bloqueada!? Assim não há condições. Trabalho implica passar umas horas em retiro na secretária, que implica aceder à net para consultar sites de conteúdo inteiramente profissional (!?). E perguntam vocês o porquê da expressão correr atrás da cenoura? É que à primeira vista parecia haver acesso à net, à segunda comprovou-se que havia um bloqueio à quase totalidade dos sites, e finalmente percebeu-se que nunca nos iriam resolver tal situação.

Bom, mas pior que tudo isto é conseguir viver com os seres que passam bem rente à minha cabeça durante grande parte da noite. Então não é que os aviões cá do sítio resolveram escolher a rota de aterragem por estas bandas! Passei a primeira noite a dormir entre voos e parece-me que no final da temporada conseguirei definir perfeitamente os horários de tráfego aéreo!

Espero que o alojamento que se seguirá a este tenha melhores condições. Pelo menos está garantido o pequeno-almoço na cama!

29.8.08

E do céu...


... Paris!
(Podem sempre carregar na imagem e ver como Paris é grande... e linda!)

De Paris...


... as sequelas!
(Sim, porque gaja que é gaja vai passear para Paris com o sapatinho da moda acabado de comprar nos saldos. Depois é vê-la todas as manhãs a forrar os pezitos com pensos transparentes do PD. Mas gaja que é gaja, nunca desiste e segue neles até ao fim.)

De Paris...


... o sonho!

De Paris...


... a noite!

De Paris...


... o entardecer!

De Paris...


... a torre Eiffel!
(E são às resmas!)

De Paris...


... o convívio!
(Não há nada como uma boa conversa durante um saboroso repasto. Adoro a troca de experiências, a troca de culturas, adoro conversar sobre tudo, adoro conhecer gente, adoro conviver. E ainda por cima em Paris!)

De Paris...


... as cores!
(As cores, as flores! Paris é uma cidade harmoniosa. É certo que qualquer cidade da Áustria compete com ela e dizem que Amesterdão também. Hei-de lá ir numa próxima primavera para o verificar.)

De Paris...


... a arte!
(Foi aqui e com este artista que começou a minha colecção de quadros de todos os cantinhos que palmilho. Desta vez levei-lhe duas fotos: uma que lhe tirei no dia em que o conheci e uma outra dos dois quadros que já lhe havia comprado até ao dia em que esta foto foi tirada. Vim de lá com mais um e prometi voltar;))

De Paris...


... os sabores!
(Desde o croque-monsieur, às deliciosas gauffres, passando sempre pelos famosos crêpes. Não esquecer as fórmulas a 15e do Quartier Latin que incluem uma entrada que poderá ser uma salada de chèvre chaud, um prato principal tal como um steak au roquefort, e de sobremesa um queijo fresco com molho de frutos do bosque. Para acompanhar uma carafe d'eau que isto de pagar 4,5euros por uma cola de 20cl não estava previsto no orçamento.)

De Paris...


... a luz!

(À parte dos dois dias de chuva, dos dois dias de sol e dos restantes nem carne nem peixe, Paris continua a ser para mim a cidade luz! E nunca me cansarei de lá voltar.)

18.8.08

We will always have Paris!


Au revoir.

15.8.08

Pequenos prazeres

Um sushi no Shis, seguido de um delicioso gelado na esplanada do Alex e um passeio na praia. São pequenos prazeres que me sabem tão bem. Adoro o Porto em Agosto. Adoro o sol e as esplanadas. Adoro as tardes e as noites nestas. Recheadas de amigos ou mesmo nos momentos de solidão. Ontem soube a despedida. Não sei se voltarei a aproveitar o sol de Agosto no Porto. Por enquanto, guardo o sabor de um dia bem aproveitado.

14.8.08

Sex and the City



Não me atrevo a revelar-vos o tempo que demorei a rever as duas primeiras temporadas desta série. Abdiquei de quase todo o mês de férias para dar o andamento final ao meu trabalho. Prevejo agora um mês de Setembro difícil. E é neste momento que imagino alguns de vós a pensar “Esta gaja não muda nunca!”. Soube-me bem, e depois? Apercebi-me que esta série nos faz reflectir sobre muitos aspectos da vida, nenhum deles que envolva aquele em que me deveria concentrar no momento. Mas adiante. Eis algumas observações:


- As intervenientes já não me parecem assim tão distantes. Bem como as suas estórias. Será porque já cheguei aos 30?! É certo que aquelas roupas estão um pouco démodé e que aquele estilo de vida me parece um pouco exagerado. Mas se pusermos de lado o que é acessório, sobram-nos casos de vida com que me deparo diariamente agora que ando pelos 30.

-
“Homens solteiros de 30 anos têm defeito. Mulheres solteiras são exigentes demais.” – E não é que isso me passa várias vezes pela cabeça! Será que é mesmo verdade? Há quem acredite que há muitas mulheres solteiras porque há efectivamente mais mulheres que homens. E que os homens sem defeito não chegam a esta idade sem projectos de vida e sem os porem em prática. Quero acreditar que a lei de Darwin anda a fazer efeito na nossa espécie e que há realmente um testo para cada panela. Mas talvez eu tenha demasiada fé!

- “Ele fingiu o futuro para obter o que queria no presente.” – E tudo o que me apetece dizer sobre este assunto é que infelizmente há gente assim.

- Miranda tem um ovário preguiçoso, não ovula. Daí ser uma mulher fértil bimensalmente. Decisões como congelamento de óvulos, despertar o relógio biológico, etc., começam a ser sentenças diárias. Sentenças estas que não são só nos filmes e que assolam algumas de nós ou quase todas nós. Aceitações que temos de ter com serenidade e resoluções que temos de tomar com calma. E não falo só de mim, nem mesmo só dos outros.


-
“Para esquecer um relacionamento precisamos de metade do tempo que ele durou.” - I really hope not.

PS: Depois de o ter postado lembrei-me de um outro pormenor. Carrie e Mr. Big andam temporadas numa relação inconstante. Finalmente no filme conseguem resolver a sua vida e voilá!: eis o casório. Mas até aqui os argumentistas são irónicos. Só mesmo em filmes!?!?!?

13.8.08

Mar do Norte (ii)

Já lá dizia a minha avó:


-Se temos de fazer o pino para tornar alguém feliz, o resultado só pode ser uma grande dor de cabeça!

12.8.08

10.8.08

O meu cinema (iii)


"Demorou-me um ano a chegar aqui. Afinal não foi tão difícil atravessar a rua. Depende de quem nos espera do outro lado."

My Blueberry Nights

8.8.08

7.8.08





"Brick walls are there for a reason: they let us prove how badly we want things."


em Last Lecture de Randy Pausch


(a aula na íntegra pode ser vista aqui)



foto de C Serra em olhares

Nem tudo o que vem à rede...

Desanimam-me…


…aqueles telefonemas em que acabamos por não falar de nada por não termos coragem de falar de tudo.

6.8.08

♮♩E a vida sorri!♫

Ainda as Low Cost

E não é que comprei uma ida a Madrid em pleno Agosto pela módica quantia de 0,01 euros!?!?! E sem taxas de aeroporto. Só mesmo a taxa de cartão de crédito de 4 euros (ainda me hão-de explicar porque é que os espanhóis podem comprar com cartão multibanco e nós não!).

Bem, vou ali ver o Guernica e já volto!

(imagem encontrada pelo Google)

5.8.08

Ironias de uma vida

Passamos uma vida inteira em quezílias com o nosso companheiro por causa do que é suposto ser e do que é suposto fazer. E no que toca ao último ponto, a vida mais uma vez mostrou-se-me irónica.

Vivi repleta de amuos e depressões por todos os quilómetros corridos até casa, sozinha e a altas horas da noite, sem ter, à distância desses mesmos quilómetros, alguém que desejasse e esperasse por um telefonema, uma mensagem ou um simples toque. E tentei convencer-me que realmente era ridícula e exagerada como tantas vezes me havia dito. Mas ficava sempre aquele vazio. A cadela já não me esperava à porta de casa e, mesmo que ainda o fizesse, nunca saberia discar algum número de telefone e pedir socorro. Poderia nunca chegar ou não conseguir levantar-me no dia seguinte. No escritório ninguém daria pela minha falta. Não tinha horários e não eram raros os dias em que ficava por casa a labutar. Só mesmo o telefonema às 5 da tarde do dia seguinte soaria a toque de emergência. Sim, porque aqueles telefonemas de bons dias, amor sempre lhe pareceram ridículos e os da hora de almoço soavam-lhe a picar de ponto. E convencemo-nos, ao longo de uma vida, que as estórias observadas em filmes não são mais do que isso: estórias.

Nos últimos tempos, tudo o que era suposto ser e suposto fazer e nunca se era ou se fazia, deixou realmente de fazer sentido. Há até quem lhe chame independência. E até que consigo viver bem com ela. Conformada, confortada, sem amuos e depressões. Até que, na noite passada, enquanto abro a porta do prédio a certas horas da madrugada, recebo aviso de mensagem de alguém para quem não seria suposto fazer: “Eu cheguei bem, e tu?”

31.7.08

Boas férias...

... para quem vai de férias!

(recebida por e-mail)