8.3.09

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Porque há palavras que devemos ter sempre presentes. E devemos sempre relembrá-las, analisá-las. Palavras ditas, e não repetidas, nunca passarão de letras concatenadas por um acaso, em algum instante.

Gosto demasiado das minhas flores. Tenho a varanda repleta delas. Adoro passar tempo com elas. Farto-me de regá-las. Porque prefiro que se afoguem em água do que sequem pela sua carência. São, simplesmente, as minhas rosas! E não é fácil juntar mais uma no meu quintal. Sempre que passo por hortos vou olhando, admirando, namorando. E um dia há em que pego numa e trago-a para bem junto de mim. Para me sentir nos dias seguintes em desassossego, pois receio ter-me enganado na adopção. Procuro olhá-la todos os dias e ver se ela pertence à minha varanda.

Conheço gente que não se interessa por plantas. Gente que compra flores só para esta semana na florista da esquina. Das mais bonitas! Das desta estação! (com certeza das mais baratas!). Gente que no fim da semana pega nas rosas e deita-as no balde do lixo. E sai à rua novamente em busca de novas e mais alegres. Nunca fui à florista comprar flores para minha casa. Prefiro ir a hortos e trazer também da sua terra para que se alimentem.

Tenho na minha sala uma planta que me ofereceram há 5 anos. E um dos meus grandes orgulhos é continuar a vê-la crescer. Talvez seja a única coisa que ainda cresce daquele momento que guardo. Já perdi muito tempo com uma rosa. Até um dia ter de me separar dela. Pois quando olhava para a minha varanda ela parecia-me sempre murcha. Mas todo o tempo que perdi com ela, tornou-a para sempre importante. Mesmo que longe, numa outra varanda qualquer.

“Os homens já não se lembram desta verdade. Mas tu não te deves esquecer dela… Tu és responsável pela tua rosa…”

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