30.3.06

As Quotas


do sítio do costume

No dia em que se discute a lei da paridade na AR, assunto fracturante pelo que dizem aí, cabe a mim dar também a minha opinião. Sou contra as quotas! Sou pela igualdade. Defendo que todas as mulheres possam exercer todos os cargos, tal como todos os homens o possam também (sim, porque eles também têm o direito de ficar em casa a passar a ferro!). Mas conseguir um lugar só porque uma lei assim o exige, não considero isso uma igualdade, nem um desenvolvimento de mentalidades. Penso que deveria ser natural em todos os partidos, instituições, empresas, que a proporção homens/mulheres tendesse a nivelar pela unidade como já acontece nas Universidades, que outrora eram frequentadas por homens e onde agora as mulheres já estão em maioria. Mas fazer isso porque uma lei assim o obriga, isso não. Nós temos valor, conseguimos chegar tão longe como qualquer homem, temos capacidade de assumir responsabilidades, etc., sem que para isso necessitemos de uma mãozinha que nos empurre.

E se tal lei vai avante impediremos uma série de direitos que a todos assistem. Por exemplo, se os antigos combatentes do ultramar quisessem formar um partido? Poriam as suas mulheres nas listas? Ou se os homens com disfunção eréctil quisessem formar a Liga dos homens com disfunção eréctil? Quem seriam os 33,3% de mulheres e o que fariam? E até mesmo, o que aconteceria a este blogue? Este blogue é 100% feminino. Será que seríamos obrigadas a convidar um bloguista do sexo masculino para satisfazer a lei da paridade? Ai amiga, isso é que não!

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